15Abr2010. Há poucas coisas mais aborrecidas nesta vida que uma Reunião de Condóminos. Qualquer uma. Os temas realmente importantes são sempre cilindrados por questões microscopicamente absurdas e irrelevantes e quando finalmente parece que vamos, lá para a uma da manhã, fazer aprovar uma proposta fundamentalíssima, há sempre um palerma qualquer que pede a palavra e lança – gloriosamente! – uma dúvida no ar, na certeza de que “a mesa” acabará por dizer qualquer coisa como “então vamos pensar melhor no assunto e depois logo se vê”. E assim ficamos, até à próxima reunião inconsequente. Pior que isso, só o facto de eu perder invariavelmente a luta interna que mantenho com a minha consciência cívica e não ser capaz de faltar a nenhuma. A solução, uma vez mais, é desenhar.