Em baixo: a silhueta (deitada) do edifício principal da ESELX – hoje, todas as faculdades e institutos têm siglas que ditas em voz alta simulam um espirro – desenhada enquanto esperava pela minha mulher. Para pintar, utilizei lápis de cera oferecidos ao meu filho num restaurante qualquer; Um táxi Mercedes (claro!); Um candeeiro de rua; Um arco e ainda, espalhados, pedaços de retratos inacabados. Em cima: a reprodução do individual do Sushi Café nas Amoreiras (aconselho vivamente o Chirachi); uma lista de afazeres profissionais e uma citação do grande Sapo Cocas. Durante a sequência inicial do filme “As Aventuras dos Marretas” (The Muppet Movie), logo após o próprio Cocas cantar uma das mais bonitas canções da história de Hollywood – nomeada para um Óscar em 1979 – surge um Agente perdido no pântano que, antevendo ganhar bom dinheiro explorando um sapo talentoso, tenta convencê-lo a entrar no mundo do cinema argumentando muitas festas, dinheiro, glória e glamour. Nada disso impressiona o sapo do banjo que se recusa a sair do pântano onde é feliz. Mas uma das últimas frases proferidas pelo Agente (que sai de cena, assustado com um crocodilo) faz brilhar os seus olhos de sapo sonhador, e não mais lhe sai da cabeça: a possibilidade de fazer “milhões de pessoas felizes”. E então parte em busca desse sonho (choro sempre nesta parte). A aventura em que se transforma essa viagem, é a história do próprio filme. Pelo caminho, Cocas conhece todos os outros Marretas, que a ele se juntam para no fim o ajudarem a realizar o seu sonho comum. Realizá-lo de verdade, ou não nos fizessem a todos ainda hoje tão felizes cada vez que os vemos. Deixo-vos aqui a tal canção, para ouvir bem alto, mas vale a pena ver tudo. Maravilhoso!