O GALÃO. Gosto muito de desenhar em pastelarias. Aliás, gosto de fazer quase tudo o que é usual fazer-se numa pastelaria portuguesa “à antiga”, mas desenhar com aquele cheirinho a café no ar é um prazer como poucos. Muitas vezes, quando tenho que tomar o pequeno-almoço “fora” faço um desenho durante essa primeira refeição do dia. Este é um desses casos: era uma manhã de Outono e a rapariga à minha frente estava a beber um galão quente com um afinco tal que toda a postura era de reconforto. Tinha que desenhar aquele momento. Aí está ele.