São Pedro do Sul (11/25). Estes são os chamados “desenhos ao lado”. Todos os cadernos os têm. Um dos primeiros passos para quem quer desenhar, é aprender a lidar com eles da melhor forma possível. À ESQUERDA: a primeira tentativa que fiz para desenhar o Brasão da Cidade que deu início a esta série de desenhos. O desenho em si, feito com uma caneta PaperMate, não estava mau. Mas depois lembrei-me de sombreá-lo com Tinta da China Castanha Windsor & Newton. O resultado foi tão interessante e o entusiasmo tal que rapidamente estraguei o desenho. Quando isto acontece, a solução é simples: passar rapidamente à página seguinte e começar um novo. Acontece que À DIREITA: as coisas não correram muito melhor. Desenhar na Sala de Repouso nem sempre era fácil, não apenas pelas reacções dos “desenhados” mas também pelas posições que estes adquiriam naquela espécie de transe em que se encontravam. Era como se os seus ossos, após os tratamentos, ficassem com a maleabilidade da plasticina. Aqueles corpos amolecidos iam escorrendo pelas espreguiçadeiras até se fundirem com elas. Quero com isto dizer que por muito distorcidas que estejam as perspectivas destes corpos, a verdade é que elas estão mais parecidas com a realidade do que aquilo que possam imaginar! Mas não estão correctas. E quando isto acontece, a solução é simples: passar rapidamente à página seguinte e começar um novo.
Uma resposta a “130.”
Eu também costumo fazer estas “figuretas” na silênciosa sala de repouso.
Quando não me esqueço do livro, adoro aquele intervalo entre tratamentos, às vezes até deixo passar a minha hora…!
Os desenhos estão muito expressivos!