NA MINHA CABEÇA. Cá dentro moram estes bichos todos, estas máquinas, estas cores. A minha mulher acha que eu devia desenhar mais vezes sem ser “à vista”. Apenas deixando esta fauna toda sair cá para fora sem pensar muito. Houve um tempo em que eu só desenhava assim mas há uns anos percebi a importância da disciplina a que o desenho à vista nos obriga e, aos poucos, fui deixando de fazê-los ::: Ultimamente tenho sentido um chamamento. Como se estivesse a rebentar ou fosse urgente abrir-lhes os portões e deitá-los cá para fora. Este é um desenho recente. Parece-me que vão voltar.