CÔJA. Há dois verões atrás, dois amigos de longa data convidaram-me para participar num evento cultural por eles organizado. Pediram-me para desenhar o que quisesse, desde que fosse ao vivo.
Deslumbrado pelo meu iPad que ainda cheirava a novo, propus que o fizesse digitalmente e que o resultado, projectado, pudesse ser acompanhado em tempo real por todos os visitantes.
Desenhei durante mais de duas horas, ao fim do dia, e durante esse escurecimento fui alterando constantemente as cores na tentativa de captar as diferenças de luz que ia observando.
No final, ao rever o filme completo do desenho, apercebi-me desta coisa fantástica: neste desenho ficou captado não apenas o espaço, o espaço imutável que eu observava (ponte, casas, serras), mas também o tempo uma vez que vemos um pescador que chega e vai embora, os candeeiros a acenderem, a noite a descer e a fazer crescer as sombras.
Continuo a preferir desenhar no papel mas é impossível não me render a esta coisa das “novas tecnologias”.
Respostas de 3 a “218.”
Que bom :))
Fantastico! GOSTO muito este uso de tecnologia!
Fantástico Rodrigo!! Foi um prazer ter a tua presença!